Água – Principais rios do Brasil
Sempre que se fala em água e sua importância, uma das primeiras informações apresentadas é sobre sua distribuição desigual pelo mundo e suas formas (vapor, água ou gelo). Geralmente essas informações vêm acompanhadas daquele bom e velho gráfico de pizza com uma fatia enorme da água sendo salgada. Quando se fala em água doce, aquela fatia de menos de 3% do total, alguns países acabam recebendo destaque, uma vez que 60% dessa fatia está concentrada em apenas 10 países, principalmente devido as suas dimensões territoriais, sendo eles: Brasil, Rússia, China, Canadá, Indonésia, EUA, Índia, Colômbia e Congo. Apenas o Brasil, tem disponível cerca de 12% das reservas de água doce do mundo.
O Brasil está dividido em 12 bacias hidrográficas, a Bacia Amazônica, a Tocantins-Araguaia, Atlântico Nordeste Ocidental, Atlântico Nordeste Oriental, Parnaíba, São Francisco, Atlântico Leste, Atlântico Sudeste, Atlântico Sul, Paraguai, Paraná e Uruguai. Entre os principais rios brasileiros, 6 se destacam por suas características como extensão, vazão, potencial em geração de energia, navegação e abastecimento.
O rio Amazonas compõe a rede hidrográfica mais abundante do país, percorrendo 3.165 km pelo território nacional, tem por característica morfológica principal um desnível suave com excelentes condições de navegação. Sua nascente está localizada na Cordilheira dos Andes, no Peru, 5.600 metros acima do nível do mar, ao longo de sua extensão percorre o Peru e vem a desaguar em um delta na região norte brasileira. Sua bacia situa-se em clima predominantemente úmido e chuvoso, o que confere regime equatorial ao rio, com cheias prolongadas. Pelo seu grande volume de água, teria capacidade de abastecer 74% da demanda de água do país, segundo a ANA (Agência Nacional de Águas).
O rio Paraguai é um rio de planície com uma forte vocação para a navegação comercial, sendo largamente utilizado para escoar o minério de manganês do Maciço de Urucum. Ainda, existem propostas em estudo pelo governo federal para a formação de um canal de navegação mais profundo, que permitirá maior capacidade e segurança no transporte pelo rio. A região da Bacia Hidrográfica do rio Paraguai é impactada pelo uso inadequado do solo do planalto, que aumentou o desmatamento, a erosão e a contaminação por defensivos agrícolas, causando o assoreamento do rio em diversos pontos e a poluição dos recursos hídricos pantaneiros.
Entre os rios com grande potencial hidrelétrico, o rio Paraná possui grande importância no setor. Apesar deste potencial hidrelétrico ser, em grande parte, já explorado, o rio Paraná forma, junto ao rio Tietê, uma importante via de circulação de produtos e pessoas com 2.400 km navegáveis, graças a utilização de eclusas nos seus barramentos. O rio Paraná abriga ainda a usina hidrelétrica de Itaipu, segunda maior usina em capacidade instalada no mundo.
O rio Tocantins nasce no estado de Goiás e deságua na foz do Amazonas. Se junta ao Rio Araguaia na região do Bico do Papagaio e, em seu curso, está a ilha do Bananal, maior ilha fluvial do mundo. Devido a sua localidade, o crescente mercado consumidor da Região Nordeste e seu alto potencial para a geração de energia, sua bacia hidrográfica é prioritária para implantação de usinas e centrais hidrelétricas.
O rio de planalto São Francisco é perene e nasce no estado de Minas Gerais, na Serra da Canastra e segue na direção nordeste onde deságua no Oceano Atlântico. Proporciona grande produção de energia elétrica, tendo, em seu curso, 9 usinas instaladas, apresentando a base de suprimento da região nordeste porém, seu principal uso é para a irrigação. Em sua bacia natural estão 504 municípios, onde vivem cerca de 18 milhões de pessoas. A importância do São Francisco para a região nordeste vai além em todos os sentidos, o projeto de transposição das águas do São Francisco, com objetivo de combater a seca no semiárido nordestino conta com 700 quilômetros de canais, nove estações de bombeamento, abrangendo 390 municípios e cerca de 12 milhões de pessoas, ao final de plano.
O rio Uruguai tem em seu curso usinas como a Usina Hidrelétrica Binacional de Salto Grande com potencial instalado de 1890 MW, entre outras e diversas pequenas centrais hidrelétricas (PCH). Tem importante contribuição para a irrigação, principalmente da cultura de arroz, indústria e abastecimento rural e urbano. Impactos ambientais provenientes do lançamento de efluentes domésticos e atividades de produção rural, como suinocultura, avicultura, agrotóxicos, e industriais, como de industrias de celulose e mineração, alteram significativamente na qualidade da água do rio. Suas águas se encontram com o rio Paraguay e Paraná na divisa entre o Uruguai e a Argentina, formando o rio de la Plata (rio da Prata).
Os rios apresentam qualidade natural das águas impróprias para consumo direto pelo ser humano e, além disso, esta qualidade é influenciada pelo solo e regime de chuvas, além da urbanização e dos focos de poluição e degradação ambiental em sua bacia hidrográfica.
Contudo, os rios superficiais são fundamentais para o abastecimento público de água no Brasil e necessitam de tratamento para que suas águas estejam prontas para distribuição. Cada rio, com sua qualidade da água e suas variações ao longo do ano, precisa de uma tecnologia de tratamento específica, escolhida especialmente em virtude das suas características. Em uma próxima publicação vamos falar das diferentes tecnologias de tratamento de água. Não deixe de nos acompanhar nas redes sociais para saber um pouco mais.
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